Abri no meu blog um canal de reflexão sobre a questão política uma vez que estamos nos aproximando das Eleições de 2018, onde escolheremos o próximo governante da Nação. Gostaria de convidar você, que tem acompanhado o meu blog, a deixar sua opinião sobre o assunto na medida em que novas matérias vão sendo postadas. No link “Quando o Justo Governa”, logo acima, você vai poder conferir matérias sobre o assunto. Vamos fazer um importante fórum de discussão, uma vez que a vida de nossas famílias e Nação será afetada para o bem ou para o mal, dependendo de quem governará o Brasil. Para iniciar, deixo uma frase dita pelo maior rei que Israel já teve, Davi:
“São estas as últimas palavras de Davi: Palavra de Davi, filho de Jessé, palavra do homem que foi exaltado, do ungido do Deus de Jacó, do mavioso salmista de Israel. O Espírito do SENHOR fala por meu intermédio, e a sua palavra está na minha língua. Disse o Deus de Israel, a Rocha de Israel a mim me falou: Aquele que domina com justiça sobre os homens, que domina no temor de Deus, é como a luz da manhã, quando sai o sol, como manhã sem nuvens, cujo esplendor, depois da chuva, faz brotar da terra a erva” (2 Samuel 23.1-4).
Política: envolver-se ou abster-se?
O ideal da democracia é um sonho desde os tempos das pólis (cidade-estado) gregas. O “governo do povo”, como se imagina nesse sistema de poder, é o ideal buscado desde que esse conceito surgiu.
No sistema de governo democrático, transferimos para outrem o poder de decidir em nosso nome e tomar decisões sobre a vida das cidades, estados e Nação. Isso é muito sério! A pessoa ou grupo que está no poder delibera no nosso nome! Isso nos torna tão responsáveis pelas decisões tomadas quanto a pessoa que sancionou uma determinada lei.
Precisamos fugir da herança de cidadania alienante, onde fazemos vistas grossas aos acontecimentos da Nação como se isso não fosse nos atingir. Essa atitude omissa é o que dá base para a impunidade e o descaso que tanto vemos nos governos.
Deixar para escolher um candidato só nas vésperas das eleições é brincar com o destino de milhões de pessoas. Tomar uma decisão como essas de maneira superficial e alienante seria irresponsabilidade.
Não deixemos que a mídia, por exemplo, nos venda um “produto”. Infelizmente muitos partidos se preocupam mais com estratégias de marketing do que com propostas de governo e criam um “candidato-produto”. Nosso voto deve ser fruto de profunda análise e reflexão de valores que conseguimos obter ao conhecermos a história dos candidatos, os princípios que governam a sua vida, sua proposta de governo e o partido no qual eles (as) são filiados (as).
Creio profundamente que podemos gerar o novo governante do País através das nossas orações. Orar é gerar no reino espiritual o que queremos ver acontecendo no reino físico. Deus espera que Seu povo se mobilize na terra clamando para que o Seu Reino se estabeleça. “Que venha o Teu Reino!”, deve ser um clamor em uníssono de uma igreja que se impõe contra as forças das trevas e faz pressão para que as portas do inferno não prevaleçam.
A grande diferença entre o governo de Saul e o de Davi estava no fato de que Saul foi o resultado do clamor do Povo: “dá-nos um rei” (1samuel 8.6) enquanto que Davi, a resposta do coração de Deus: “me provi de um rei” (1Samuel 16.1). Vamos perguntar a Deus qual o “rei” que está em seu coração para governar o Brasil. Você já começou a orar pelo próximo presidente? pelo próximo Governador? pelo próximo Prefeito? pelos próximos Vereadores?
Deus os abençoe grandemente!!!!
Roberto Cerqueira
(Editor Marcos Arrais)
O Perigo da Alienação – Parte 01
“Não tenho nada a ver com isso!”, “isso não é problema meu!”, “não estou nem aí!”, “religião e política não se misturam!” e tantas outras expressões revelam mais do que uma opinião, revelam um comportamento, uma atitude. A omissão é tão ativa quanto a disposição. Na verdade, quando assumimos a postura de não nos envolvermos, já estamos nos envolvendo de forma passiva, outorgando a outros o poder de decidir. O bem supremo da democracia é que o poder do povo é inalienável, intransferível.
A alienação tem sido uma forte marca da sociedade em nossos dias, pois ela nos faz perder a compreensão real do mundo ao nosso redor e nos torna “alheios” em relação à consciência sobre fatos relevantes. Quando falamos de “alienação”, referimo-nos à perda de consciência e conseqüentemente perda de interesse por assuntos considerados importantes, tais como as questões políticas e sociais.
A forma de trabalho a que o homem é submetido, fazendo-o produzir algo que ele mesmo não conhece ou não participa do processo completo, o aliena e o “coisifica”. O consumo também torna-se uma prática alienante, pois este é feito de forma manipuladora e inconsciente através de necessidades geradas artificialmente pela mídia. A relação do homem com o mundo, portanto, tornou-se uma relação alienadora.
A própria religião pode tornar-se um fator de alienação, pois ela tem o poder de manipular e “narcotizar” quando tira o foco de Deus e de Sua Palavra e o coloca em imagens de esculturas ou mesmo em personalidades humanas.
Deus criou o homem como um ser integrado consigo mesmo, com o mundo ao redor e com o mundo espiritual – por isso o dotou de corpo, alma e espírito. Com o corpo nos relacionamos com o mundo ao nosso redor; com a alma, relacionamo-nos conosco mesmos, através dos sentimentos, vontades e percepções; e com o espírito, podemos relacionar-nos com o Criador.
Quando o pecado entrou na raça humana, a primeira e mais devastadora conseqüência foi a morte, que significa “separação” ou “alienação”! O homem tornou-se um ser alienado de Deus, da natureza e de si mesmo.
Hoje, infelizmente, ainda é muito comum ouvirmos devotados e sinceros servos de Deus com uma concepção dicotomizada, dizendo que não podemos misturar política e religião. De fato algumas experiências históricas nos mostram que essa mistura pode ser perigosa na medida em que os interesses de uma organização ou clero religioso se tornam mais importantes do que os valores do Reino de Deus que Jesus veio implantar na terra.
No entanto, é importante notarmos o que a Palavra de Deus declara:
“Quando triunfam os justos, há grande festividade; quando, porém, sobem os perversos, os homens se escondem” (Provérbios 28.12).
“Quando sobem os perversos, os homens se escondem, mas, quando eles perecem, os justos se multiplicam” (Provérbios 28.28)
A redenção em Cristo traz de volta as relações que o homem perdeu no pecado e isso implica em envolvimento com o mundo ao redor, inclusive com as questões políticas. Aquela imagem do cristão irrelevante e passivo, confinado a um “gueto religioso” dentro de um “prédio religioso”, com um “livro religioso” debaixo dos braços, cantando “músicas religiosas” e “falando assuntos religiosos” tem que acabar com o surgimento de uma nova geração que deseja ver Deus tocando a Nação e sarando a terra por meio de uma igreja atuante, militante – uma igreja com voz profética relevante e tenacidade apostólica.
“Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina” (Efésios 2.20)
No profético temos as visões de Deus, mas no apostólico cumprimos a visão. No profético compreendemos os planos divinos, mas no apostólico trazemos o governo divino. No profético nos movemos no mundo invisível, no apostólico nos movemos no mundo físico, materializando o mundo do espírito.
Continua…
Roberto Cerqueira
(Texto: Marcos Arrais)
Um comentário:
Os textos sao esclarecedores e edificantes
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