quinta-feira, 29 de setembro de 2011

CONQUISTAS SALARIAIS DOS POLICIAIS CIVIS DE MT.


Policiais Civis rejeitam proposta e decidem parar 100% do efetivo em MT
Investigadores e escrivães estão parados há mais de dois meses em MT.
Governador e secretários vão se reunir nesta sexta para tratar da greve.
Ericksen Vital Do G1 MT
Investigadores e escrivães decidem manter a greve
em Mato Grosso. (Foto: Leandra Ribeiro / G1)
Os investigadores e escrivães da Polícia Civil de Mato Grosso, que estão em greve há dois meses para reivindicar melhores salários, decidiram paralisar 100% das atividades a partir de sexta-feira (2). A informação é do presidente do Sindicato dos Investigadores da Polícia Civil e Agentes Prisionais (Siagespoc), Cledison Gonçalves da Silva. “O movimento vai continuar. A categoria rejeitou a proposta do governo do estado de fracionar o reajuste salarial dos profissionais”, declarou nesta quinta-feira (1º), após assembleia geral das duas categorias.


O secretário de Administração de Mato Grosso, Cesar Roberto Zílio, informou por meio da assessoria de imprensa que ainda não tem um posicionamento oficial sobre a decisão da assembleia dos escrivães e investigadores. Está prevista para esta sexta-feira uma reunião entre Zílio, o governador Silval Barbosa e o secretário de estado de Segurança Pública, Diógenes Curado Filho, para tratar da paralisação dos policiais civis.
Os profissionais vinham mantendo cerca de 30% do efetivo de policiais civis nas delegacias e nos Centros Integrados de Segurança e Cidadania (Ciscs) de Mato Grosso. Neste sistema, eram registrados apenas os boletins de ocorrência de flagrantes de crimes ou delitos. A partir de agora, segundo o sindicato, os profissionais não devem atender nem ao menos essas demandas urgentes.
Na terça-feira (30), o governo de Mato Grosso condicionou a apresentação de uma nova proposta aos escrivães e investigadores à suspensão da greve da categoria. Pela proposta, os policiais receberiam R$ 3.900 até o fim de 2014, a partir de um reajuste progressivo anual que começaria em 2011. Investigadores e escrivães buscam aumentar os salários dos atuais R$ 2.365 para cerca de R$ 6 mil iniciais, mesmo valor pago aos peritos criminais do estado.
Após constantes decisões de assembleias em manter o movimento, no dia 21 de agosto a Justiça declarou a greve ilegal, com pena diária de R$ 20 mil. No entanto, a assessoria jurídica dos sindicatos está contestando a decisão judicial. “Quem vai decidir sobre a greve judicialmente serão nossos advogados. Nós decidimos continuar o movimento”, comentou Gonçalves da Silva.
A presidente do Sindicato dos Escrivães de Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso (Sindepojuc), Genima Evangelista, disse que as categorias tentaram negociar com o governo por telefone até durante a assembleia, mas os profissionais foram irredutíveis em manter a paralisação. "Eles disseram que só retornariam ao trabalho se a proposta contemplasse o reajuste salarial acompanhando a inflação do ano". Ela lamentou o fato de as delegacias ficarem sem policiais. "Infelizmente não houve consenso. Todas as tentativas de por fim à greve foram frustradas".
Policiais Civis, em Mato Grosso, mantém a greve contrariando decisão judicial
Mesmo depois de a Justiça classificar como 'movimento ilegal', investigadores e escrivães da Polícia Judiciária Civil, de Mato Grosso, mantém a greve por tempo indeterminado.
Aumento Salarial, Escrivão e Investigador PCMT
Entrevista exibida em 29/04/2001 às 19:25 no Jornal MT Record
Reividicação salarial para Escrivão e Investigador da Policia Civil de Mato Grosso.
Investigadores e escrivães ficaram paralisados por 66 dias no estado.
Governo do estado ameaçou suspender os salários dos grevistas.
Ericksen Vital
Os 1.750 investigadores e os 380 escrivães da Polícia Civil de Mato Grosso voltaram a trabalhar nesta manhã de terça-feira (6) nas delegacias, após 66 dias de greve. Os servidores públicos aceitaram a proposta de reajuste salarial apresentada pelo governo do estado e decidiram encerrar o movimento grevista em assembleia geral realizada na tarde de segunda-feira (5).
Agora, o desafio dos profissionais é por em dia mais de 35 mil inquéritos que ficaram parados durante a paralisação, conforme estimou a Polícia Civil. O presidente do Sindicato dos Investigadores de Mato Grosso (Siagespoc), Cledison Gonçalves, disse que os policiais civis vão voltar às delegacias para reduzir o prejuízo a sociedade. A partir de terça, as pessoas vão voltar a conseguir registrar qualquer boletim de ocorrência nas delegacias do estado. "Vamos trabalhar para diminuir o número de inquéritos que ficaram parados", comentou.
Proposta
Cada investigador ou escrivão recebe salário inicial de R$ 2,350 e a reivindicação era para que aumentasse o valor para R$ 6 mil. No entanto, pela proposta do governo, a remuneração chegará até R$ 3,900 no fim de 2014, a partir de um aumento progressivo anual.
De acordo com a proposta apresentada pelo governo do estado, o primeiro aumento salarial será realizado já no mês de dezembro, passando dos atuais R$ 2,365 iniciais para 2,460. Em maio de 2012, a remuneração passará para 2,706. Um ano depois subirá para R$ 2,976. Em 2014, ocorrerá dois reajustes seguidos. Em maio, o salário vai ser de R$ 3,274 e, em novembro, será R$ 3,900, finalizando o último acréscimo previsto na proposta apresentada. Ainda pela proposta, o salário final, que hoje é de R$ 5,250, aumentará para 11.079, daqui a três anos.
A decisão de encerrar a greve saiu após o governador Silval Barbosa (PMDB) ameaçar retirar a proposta e deixar de negociar com os grevistas. Além disso, Silval chegou a determinar que PMs e alunos da academia da Polícia Civil passassem a fazer os serviços no lugar dos escrivães e investigadores grevistas. As medidas foram criticadas pelos sindicatos.
A presidente do Sindicato dos Escrivães (Sindepojuc), Genima Evangelista, avaliou como “irresponsável” as medidas. “Foi uma irresponsabilidade colocar os alunos sem experiência nas delegacias”, disse. Os alunos ficaram nas unidades fazendo serviços administrativos, como registro de boletins de ocorrências.
Contudo, desde esta manhã, os alunos e os PMs já não estão mais atuando nas delegacias. O governador também chegou a ordenar o recolhimento de todas as viaturas e armas de fogo dos policiais, que já foram devolvidas aos servidores públicos após o fim da greve.

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