Campanhas pró e contra a divisão do Pará no próximo mês de dezembro, chega nesta sexta-feira em rádios e TV.
O
clima do plebiscito sobre a divisão do Pará em três Estados (Carajás,
Tapajós e Pará), vai ficar a todo vapor com o início das propagandas na
mídia. A votação será no dia 11 de dezembro mas os representantes das
frentes admitem que só parte da população está envolvida.
Atingir
a população da capital Belém, será o grande desafio para os que
defendem o “sim”, ou seja, a divisão do Estado. A última pesquisa de
opinião sobre o plebiscito, realizada pelo Vox Populi e divulgada pelo
jornal O Liberal em julho, mostra que, em Belém, quase 70% dos moradores
eram contrários aos novos Estados enquanto que, fora da capital, a
maioria (42%) era contra a separação, 37% eram favoráveis e 22% ainda
não sabiam.
José Donizete Cazzolato,
geógrafo do Centro de Estudos da Metrópole e autor do livro Novos
Estados e a divisão territorial do Brasil, avalia que existe a sensação
da perda e o medo da mudança. Segundo ele, a repercussão da possível
criação de novos Estados foi negativa em parte da imprensa do Centro-Sul
e do próprio Pará, o que pode ter peso na opinião pública. Os
argumentos contrários são, em geral, o aumento de despesas e os
interesses político e econômico envolvidos na divisão territorial.
Após
o plebiscito, num prazo de dois meses contados a partir do resultado da
votação, caso ela seja favorável à criação dos novos Estados, a
Assembléia Legislativa do Estado do Pará perguntará a seus membros sobre
a medida, e comunicarão em três dias a resposta ao Congresso Nacional.
Os deputados e senadores darão a palavra final sobre a divisão do Pará.
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