quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Hanukah: Um milagre à sua espera

A Festa de Hanukah fala da celebração do milagre. Tem sido espetacular entender, a cada ano, mais sobre essa Festa, saber como acende a Hanukiá (O Candelabro de Nove Hastes) e a importância das hanukioths (As luzes da Hanukah em todas as casas, e seu sinal espiritual). Como entender essa festa e trazer à memória os Milagres de Deus?

Em Jerusalém, caminha-se pelas ruas, percebe-se casas celebrando Hanukah, o Milagre, Alguns vibram, dançam, outros aplaudem. É clima só de festa, e em todo o tempo se diz: o Milagre, o Milagre! É algo simples, mas verdadeiro. Não é só religião, é conhecimento histórico, político, teológico, espiritual e profético. Das crianças que falam ao idoso mais experimentado, todos celebram ‘O Milagre’! Eles recebem presentes e comem doce da Hanukah, o sonho com mel, que representa não deixar de crer nos novos milagres! Você quer saber quais são esses milagres? Vamos, antes, entender a história de Hanukah.

A história de Hanukah

No ano 160 aC, os gregos dominaram Jerusalém e profanaram o Templo. Apagaram a Menorá, consumiram o óleo sacerdotal (a Primeira Prensa do Getsemani), profanaram o Altar sacrificando um porco e destruíram o lugar santo com profanações. Os Macabeus, família de Nobres e Sacerdotes, que se tornou uma dinastia poderosa, na pessoa de Judá Macabeus, levantou uma revolta, em nome da limpeza do templo.

Nesse período, deram o nome dessa tomada de reinauguração do templo, dedicação, limpeza, purificação. Quando o templo estava tomado, foram acender a Menorá, mas não havia azeite para os sete dias, e não tinha como manter a Menorá acesa, pois o óleo sacerdotal só havia para um dia. Então, acenderam a Menorá e o resultado foi que o óleo para um dia ficou aceso oito, até chegar a nova prensa, e foi uma explosão de milagres. Israel recebeu nova credibilidade, a autoestima do povo explodiu de alegria, os rabinos recobraram sua fé, e começou o sinal do Milagre. Daí se instituiu a Festa da Dedicação.

Oito bênçãos específicas do milagre

Os rabinos ficaram mais atentos ao Milagre da Unção, da Luz acesa durante os oito dias. Por isso, eles celebram e incentivam o povo a ver o que Deus faz quando Seus filhos estão em linha com a Palavra. O fraco fica forte, e o que não possui força recebe do Senhor a fortaleza.

O Midrashi – Hermenêutica hebraica, vinda do Talmude – fala interpretativamente que o Milagre tem oito bênçãos específicas. Vejamos a interpretação da Festa das Luzes e suas proclamações.

1. Força para Lutar: Vencer o inimigo forte com o Deus Todo Poderoso;
2. Fé para tirar o inimigo do Templo: O Templo não pode ser profanado;
3. Coragem para derrubar o adversário: Não deixar de pé a afronta da nossa casa;
4. Ação para limpar o templo e tirar suas contaminações;
5. Esperança para saber que Deus vai trazer capacitação e inimigo não voltar;
6. Estratégia para manter o templo limpo, e devolver os valores sagrados;
7. Decisão para acender a Menorá, para trazer a presença de Deus;
8. Manter o óleo para provisão: não deixar acabar a unção, responsabilidade.

Uma festa que Jesus esteve presente

Apesar de não entrar no cânon, sabemos que essa Festa foi celebrada por Jesus ou, pelo menos, Ele Se fez presente nela. Leia o texto de João 10:22-42. Se Yeshua esteve em uma dessas Festas, o que Ele foi fazer lá? Gostaria de deixar claro que Ele estava fora do Templo, no Pórtico de Salomão, onde se colocava a Hanukiah, quando se completavam as sete luzes e acendia a oitava. Ele é a Menorá de sete hastes, e estava no lugar onde o testemunho era apresentado à sociedade, aos fiéis. Em outras palavras, Jesus denunciava que Ele era o Milagre que todos estavam precisando. Agora, com base nesse texto do Evangelho de João, veremos oito Milagres de Deus em nossas vidas.

1. Revelar caráter de Filho (versos 24b e 25);
2. Denunciar que é do seu aprisco (versos 26 e 27);
3. Liberar vida eterna, salvação para os que Lhe seguem (versos 28 e 29);
4. Declarar a unidade do Pai e do Filho (versos 29, 30 e 38);
5. Mostrar os Milagres do Pai (verso 32);
6. Apresentar o Caráter de Filho (versos 33 a 36);
7. Receber livramento de morte, escapar das pedradas de morte, sem argumento (versos 31 e 39);
8. Voltar para o centro do propósito para levantar a multidão (versos 40 a 42).
Um Milagre. Vemos que esses oito propósitos descritos acima revelam os milagres da Festa que Jesus deu sentido.

Os milagres da independência, libertação e coragem

Podemos ver que na questão do entendimento espiritual, como poderia um fazendeiro, assim como Amós, sem nenhuma instrução de guerra, já invadido na sua privacidade, sem muita alternativa de vida, totalmente ameaçado pelos gregos invasores, ver que Deus poderia usar a vida daquele homem, Matitias, pai de cinco filhos, para matar o Etíoco Epifania, o líder dos gregos, que vinha com a estátua dos gregos, com os ídolos para profanar o templo? Judá, o Macabeu, filho do fazendeiro, o guerreiro, fez força e venceu os adversários que estavam dentro do templo. Ganharam a guerra e essa guerra foi um milagre. Eram apenas leigos, mas apaixonados.

Todos os filhos de Matitias entraram e tomaram o templo. Simão, o mais velho, liderou posteriormente para manter o templo límpido, sem os invasores, e levantou aliados para essa grande obra. Um dos irmãos, Elezau, morreu no combate pisoteado por um grande elefante quando tentava flechar os inimigos. Até aos dias de hoje, a cidade de Midiã, Modiim, nome da cidade que significa, em hebraico, informação nos dias de hoje, mas nos dias dos Macabeus, Martelo e Coragem, pois se levantou uma dinastia, e eles reinaram em Jerusalém por não deixarem ninguém profanar o templo.

É por isso que Hanukah também fala dos milagres da independência, libertação e coragem.

1. Inaugurar um novo tempo (I Coríntios 6:12-20);
2. Limpar o templo para Deus agir (I Coríntios 3:16-17);
3. Preparar a Menorá (vida) para receber a luz - OR (Luz) Completa (Mateus 5:12-16);
4. Restaurar o Templo para colocar a oferta do Messias (II Coríntios 6:16-18);
5. Acender a Luz para que fique exposta (Trazer para fora) (João 8:12);
6. Convocar pessoas para participarem dos milagres (Isaías 60:1);
7. Ter a luz para cada um, e proclamar os milagres (Lucas 8:16 e 11:33);
8. Manter comunhão para que o milagre perdure: Testemunho (Lucas 8:34:36).

Curiosamente, a festa dura oito dias. Os Rabinos colocam nas ruas suas tendas, similares ao tabernáculo, pois por longos anos, antes da revolta e da purificação, Israel ficou sem poder festejar a Festa dos Tabernáculos, e nos dias da Festa, os bairros e cidades mais atentas colocaram as tendas, como uma paga de dívida, pelo tempo que ficaram sem celebrar a Festa. Daí se faz as duas Festas juntas, com a Hanukiá acesa, com a lâmpada para cada dia. E Israel pára para agradecer a Deus a sua independência das mãos dos seus adversários.
Nestes dias, devemos parar para dizer a Deus: ‘Muito obrigado pelos milagres da Salvação, por Yeshua ser nossa Menorá dos sete dias e ter o OR, luz completa para todas as adversidades, por sermos independentes das garras do inimigo, e termos do Senhor o óleo sacerdotal para mantermos nossa Menorá acesa e ninguém apagar a luz que alumia a todo o homem’.

Dezembro é o mês de gerar milagres e de vermos as bênçãos de Deus reveladas na nossa vida. Chegou a hora de vermos Deus fazendo o maior milagre da história, salvando vidas através de nós. Nos próximos nove meses, muitos estarão contemplando o que Deus fez e o que Deus fará! Você crê nesses milagres? Então, desde Jerusalém, eu proclamo: Receba!

Feliz Festa! Hag Sameah! Feliz Hanukah!

Pr. Roberto Cerqueira

extraido site mi12.com.br

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