segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Governo do Justo - Escute, mas escute as pessoas certas

No último estudo falamos da necessidade de termos conselheiros e parceiros, e de sermos fiéis aos nossos propósitos, planos, metas, sonhos, negócios, casamento e tudo mais que decorre da nossa vida. Hoje abordaremos a necessidade de escutarmos as pessoas certas, sob pena de nos tornarmos como cordeiros, tangidos ao abatedouro.

Começo com a descrição de Albert Phung (*) sobre economia comportamental:

“De acordo com a teoria financeira convencional, o mundo e seus participantes são geralmente 'maximizadores de riqueza' racionais. No entanto, há diversos casos em que a emoção e a psicologia influenciam nossas decisões, deixando nosso comportamento imprevisível e irracional. A economia comportamental é um campo relativamente novo, que procura combinar a teoria psicológica comportamental e cognitiva com a economia e as finanças convencionais, proporcionando explicações a respeito dos motivos pelos quais as pessoas tomam decisões financeiras irracionais”.

Um exemplo de uma decisão financeira irracional é que do ponto de vista lógico, não faz sentido comprar um bilhete de loteria quando as probabilidades de ganhar são esmagadoras contra o portador do bilhete (cerca de 1 em 146 milhões). Apesar disso, milhares de pessoas gastam centenas de milhões de reais nessa atividade semanalmente.

Imaginemos que pessoas são capazes de tomar decisões financeiras irracionais e imprevisíveis que podem comprometer seu orçamento doméstico e a provisão de sua casa e de sua família, tão somente porque suas emoções estão associadas a um “pseudo” ganho. A realidade é que a emoção associada à ideia do ganho é muito diferente da emoção associada com a ideia da perda.

O segmento de propaganda e marketing fatura anualmente bilhões em todo o mundo por dois motivos: o primeiro, o preço deles é muito alto porque eles são muito bons no que fazem; o segundo, a indústria está disposta a pagar os bilhões que eles cobram porque eles são muito bons no que fazem. Assim, a indústria trabalha ao lado de publicitários especializados, desenvolvendo comerciais e outras formas de propaganda de modo que influenciem as emoções do consumidor, em especial o medo e a cobiça. Tão logo eles conseguem criar uma ligação das nossas esperanças e sonhos com a crença de que necessitamos dos seus produtos, nos tornamos como cordeiros, que são tangidos ao abatedouro. Portanto, a propaganda e o marketing têm um único objetivo: controlar suas emoções e depenar o seu bolso.

De modo semelhante, esses mesmos publicitários especializados são contratados quando o objetivo é conquistar o seu voto. Partidos políticos investem milhões de reais em propaganda e marketing com a meta de vencer eleições e perpetuarem-se no poder. Algumas famílias, cujos sobrenomes se tornam conhecidos no meio político, constroem mandatos políticos por gerações. Não que eles sejam os mais probos, mas eles dispõem de recursos, muitas vezes públicos, para contratar profissionais reconhecidos como capazes de fazer campanhas políticas vitoriosas.

Quando observo, então, alguns eleitores dizendo que não votam em fulano, ou que só votam em sicrano, entristeço-me porque este é um “sintoma” de que aqueles profissionais especializados em propaganda e marketing já conquistaram suas emoções e suas mentes incautas, logo, conquistarão também o seu voto. Quero salientar que todos os candidatos apresentarão discurso muito semelhante, porque são elaborados por esses publicitários especializados para convencer e conquistar o voto do eleitor.

Desse modo, é correto inferir que assim como uma pessoa está sujeita a decisões financeiras irracionais e imprevisíveis, enquanto eleitor também é passível de decisões irracionais e imprevisíveis no momento de decidir sobre seu voto.

Escute seu mentor


“Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, raciocinava como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino”. (1º Cor. 13:11)

Embora sejamos exatamente como todas as outras pessoas. Enfrentarmos as mesmas tentações, experimentarmos os mesmos desejos, acalentarmos grandes sonhos, querermos coisas interessantes e, às vezes, sentirmos que merecemos mais do que temos. Chegou o tempo da nossa maturidade. E precisamos nos fazer uma pergunta:

Os meus mentores, aqueles a quem eu respeito e honro fariam a escolha que eu estou inclinado a fazer?! Os meus mentores, aqueles que têm investido tempo e conhecimento em minha vida e minha família fariam a escolha que eu estou inclinado a fazer?!

Nosso voto não pode ser motivado por paixão por pessoas. Precisamos votar em um projeto político, no nosso projeto político. Nossa Visão, Missão, Princípios e Valores continuam os mesmos e temos um ‘projeto político’, e dele não nos apartaremos até que vejamos cumprida a profecia do Governo do Justo em Manaus, depois no Amazonas, e por fim no Brasil.

Chegou o tempo da nossa maturidade!!!

Pr. José Nilmar de Oliveira
Bacharel em Teologia e Mestre em Economia
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